22 de abr. de 2010

Adiante

Estou com sono.
Bocejo comprido.
Seria um pouco de pedir arrego do mundo.
Da sensação de estar viva.
De ver o tempo passar cruel e sarcástico, olhando pras minhas cicatrizes de guerra
E pra grande ingenuidade que tenho ao usar os dias que me são permitidos viver.
E apesar do meu sono quase irreversível,
Tudo isso é doce.
Sinto prazer em todas as coisas.
Me causa gosto ver o cansaço no espelho,
os sinais da luta derradeira,
e o sarcasmo do mundo.
Estou satisfeita com o gasto,
Todas as guerras foram válidas.
Tenho na garganta uma sensação macia de quase vitória.
E já quase posso tocar meu troféu.
Mas como essas são linhas cheias de "quase",
então fico com sono.
Devo descansar os meus poros antes de seguir em frente.
Quero chegar adiante com meu cheiro de gente renovado.

Um comentário:

Vinho disse...

Meu conselho pra você é: abandone os quases da sua vida. Quases são monótonos, são vazios, não nos fazem bem. Opinião minha, pelo menos.