4 de set. de 2009

Eu queria ir apenas quando quisesse e sentisse vontade.
Ir quando é preciso, numa rotina desregular, me sufoca.
É o ócio o que me completa.
Comer quando se tem fome, beber quando se está com calor ou dor de cotovelo, dormir até a cama expulsar e repelir seu corpo. E ir trabalhar quando se tem vontade.
Acordar cedo só por ocasião da ansiedade ou de compromissos festivos, mas nunca com o despertador.
Se eu tive sono a tarde, me acabei de dormir. Nua e com calor. E se agora a noite o sono não me vem, mas há sempre aquela preguiça no corpo... sei lá, vou confundir a cabeça até o sono chegar.
E eu não quero ir amanhã. Porque amanhã sim, terei sono. Eu quero mais é uma vida malandra de quem é malandro. Evoluir diferente, regurgitar tendências.
Eu quero é ir a pé. Ter silêncio nos ouvidos. Abominar os palhaços e os ternos. E quando eu me estressar, eu fujo dos problemas, eu vou ao cinema, eu compro giz de cêra.
E se, ao passo disso, eu tiver sempre os meus anjos por perto, então serei feliz.

3 comentários:

Anônimo disse...

Curti teu texto.
Mandou bem.

Ah e você não me conhece antes que se pergunte.

. disse...

O texto é legal, mas é muito bossa nova. Eu não acho possível viver uma realidade assim. Imagina Hiroshima, cidade pacata, bem "apaixonante", poderia ser tema de uma música de Tom Jobim e PIMBA! Bomba Nuclear!! hahaha Não adianta, a realidade não perdoa ninguém. =(

Camila Pessoa disse...

Que triste esse seu pessimismo...