20 de out. de 2009

E que chatice que é estar em intermédios.
Nem uma coisa, nem outra.
Entre. Em progresso. Pra onde não se sabe.
Parece coisa alguma, mas sempre dá em algum lugar.
E no meio de tudo isso não há borboletas no estômago, nem objeto de desejo, nem sonho pra começar o dia, nem papos estranhos e lúdicos quando não se tem o que fazer ou quando não se quer fazer o que se tem...
Não há saudade ou joguinhos de sedução.
Sobretudo não há paixão, romance ou sexo.
Falta algo quando não se tem em quem pensar, nem que seja com raiva.
Mas o presente é algo entre a resolução do último gostar, a ferida que já se curou (ou nã0) e ninguém de novo pra ocupar o espaço.
É a apatia de não ter emoção pra comentar os amores alheios e responder como quem não fuma, quando lhe oferecem um cigarro: "Não, obrigada, eu não fumo!"
- Não, obrigada, eu não amo!
Eu amo sim! Mas no momento não há quem amar. E é bem mais divertido ter o coração na mão como o refrão de um bolero.


Goiânia do tédio da cura, 28.09.09 - 01:25

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